A minha Alice completa hoje um mês de vida. Passou tão rápido. Muitas foram as coisas que mudaram, mas passou tão rápido.

Eu sei que vai parecer uma frase feita, daquelas que muitas vezes se dizem só por que sim, talvez por isso possa ter entrado numa espécie de caminho da banalidade, mas neste momento é, para mim, o que faz mais sentido. Adoro a minha filha. Com o máximo de amor possível. Juro que é o máximo e que esta coisa do amor faz sentido. Muitas vezes dizem que o mundo gira à volta do dinheiro, eu acho que gira à volta do amor. Pelo menos no meu mundo é assim. Tenho a certeza que nada melhor existe do que a minha filha, nada superior ao amor que sinto por ela. Sim, estou muito lamechas. Sim, a roçar o piroso. Mas estou a ser completamente transparente. 

Tal como já referi, este mês passou a voar. Mas ao mesmo tempo, parece que não existiu vida boa sem a Alice (na verdade existiu). Tem sido um mês de adaptação, de conhecimento, de partilha e, lá está, de muito amor. Coisas simples como sestas no meu colo, pequenos sorrisos, olhares atentos, conversas no banho, passeios no carrinho onde não interessa o lugar, pequenos agarrares de dedos, ou simplesmente nada, simplesmente estar, fazem aquilo que chamo de “não preciso de mais nada para estar feliz”. A Alice não só tem aumentado de tamanho e até mudado de feições, todos os dias acontece algo novo. Todos os dias ela aprende uma coisa nova, todos os dias tem uma acção nova. Sim, o cérebro dela neste momento é tipo esponja e está a absorver tudo aquilo que este mundo novo tem para lhe oferecer. É claro que sinto o peso dessa grande responsabilidade de lhe mostrar e orientar o mundo, mas ao mesmo tempo vai ser, muito provavelmente, o maior prazer que vou ter na vida. Também engraçado, em tempo de descobertas, é o criar rotinas que podem perdurar no tempo. Já sei qual é a chucha que ela gosta mais, já sei a temperatura da água que ela gosta mais, como ela adormece melhor e, com muito orgulho, também já sei que ela gosta muito de ir à rua, gosta muito de passear. E conhecer bem a minha filha, também é coisa na qual não quero facilitar.

Como já expliquei na história do nascimento da Alice, nem tudo correu bem. Ela e a mãe Liliana passaram a primeira semana no hospital. Ainda no regresso a casa, nos primeiros dias, andámos meio de coração nas mãos com medo que alguma coisa corresse mal, sobretudo com a mãe Liliana. Felizmente correu tudo bem e a gravidez e o parto estão ultrapassados. Talvez a dificuldade nos tenha criado laços (entre os três) ainda mais fortes. Mais fortes ao já esperado como muito forte. É claro que aqui a carinha de anjo e a personalidade da Alice ajudaram muito. Tal como a minha Mãe diz (uma avó super babada), “íamos gostar sempre muito da Alice, mas assim é demais”. É um pequeno doce. Ou uma tartaruguinha, como o pai lhe chama, ou uma amora doce, como a mãe lhe chama. É claro que chora, e bem, quando tem fome. É claro que quando as dores de barriga apertam a coisa não fica fácil. É claro que, às vezes, quando às 4h da manhã quer “conversar” com o pai como se fossem 4h da tarde, posso engelhar o nariz. Mas, não só tudo isto faz parte, como já estou com medo que o tempo me leve estas coisas. Sim, já estou a sofrer por antecipação. 

Hoje, no primeiro mês de vida, a mãe Liliana fez-lhe um bolo muito bonito. Vestiu um fato novo muito bonito. Andámos todo o dia de volta dela, grande parte do dia em beijinhos e abraços. Recebeu mais visitas que o normal. E até já recebeu algumas prendas. Não sei se é mimo a mais. Tenho a certeza é que amor não lhe vai faltar. E esse, nunca é demais.

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