Malta, conjunto de pequenas ilhas. Em pleno mar Mediterrâneo, fica localizada a Sul da Sicília (Itália), a Este da Tunísia e a Norte da Líbia. Só pela localização percebe-se a riqueza de influências que este pequeno pedaço de terra sofreu ao longo da sua história. A isto ainda podemos juntar um longo período de domínio britânico, para aumentar a miscelânea de culturas.

O Maltês, a língua nacional, é uma espécie de árabe com sotaque italiano. O ar dos nativos é muito latino e os seus nomes são, muitos deles, britânicos. Tudo isto é uma mistura muito leve e agradável. Tal como a própria ilha, com todo aquele ar dolce vita, a dar leveza a toda a história que ela carrega. Já foi palco de importantes conquistas e reconquistas, muito por culpa da sua localização. Mas todas as histórias, a que mais faz os meus olhos brilharem de empolgação, nem tem a ver com guerras. O exílio de Caravaggio. Sim, o famoso pintor italiano. Sobre este assunto, há uns tempos escrevi isto: “estão duas obras Caravaggio na St. John´s Cathedral (em Valletta, a capital de Malta). Sou um fã assumido deste artista errante, com traços de génio. Desde uma fase da minha vida em queria ser historiador (sim, quero sempre ser muitas coisas). Nessa altura percorri diversos museus e igrejas da velha Europa, quase sempre com as obras de Caravaggio como ponto de busca número um. Desde essa altura que sabia da existência destas obras em solo maltês. Com a agravante de uma estar assinada (coisa inédita) e de estas terem sido, muito provavelmente, as últimas obras deste génio. É claro que toda a minha imagética sobre Malta, colocou, quase sempre, Caravaggio na equação. Nas ruas, nos bares. Imaginava sempre o artista italiano a cambalear e resmungar por ali. Para quem não conhece esta figura controversa do séc. XVI, estava em Malta exilado, numa espécie de última oportunidade, depois de ter sido condenado à morte em Itália (matou uma pessoa…era um génio, não era um anjo). Acabou por fugir de Malta (o homem gostava de acção) e morrer a caminho de Roma, com 38 anos. Mas tirando as minhas habituais viagens pelos sonhos, foi com grande emoção que presenciei as obras do mestre. Só por isto, a viagem já tinha valido a pena (é claro que assim que cheguei a Portugal, voltei a ler tudo sobre estas obras). A Catedral é lindíssima. Foi hipnotizado que saí daquele lugar.”

Valletta é lindíssima, só aquela vista o porto e baía vale uma viagem. Gozo e Comino, as outras ilhas (além da ilha de Malta), são algo digno de ser vivido. Comino, pequena e deserta, pela beleza natural. Gozo, bem, Gozo por tudo, pela comida, pelas pessoas, pela arquitetura. E depois ainda existe Mdina, antiga capital de Malta, é provavelmente o meu lugar favorito por ali. Palco de várias cenas do Game of Thrones, é um espaço extraordinário. 

Mas o que é o melhor do melhor de Malta? Para mim, as pessoas. Simpáticas, muito simpáticas. Este retrato é uma homenagem a elas. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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