Vendem-se uvas. Vende-se vinho. Dizeres e anúncios que se multiplicam em terras de vinho. Mais do que a venda de um produto, anunciam a presença de uma cultura secular. A cultura do vinho. A cultura do cuidar da vinha. A cultura do néctar.

Talvez seja este o lado verdadeiro do vinho. Fazer vinho, sem um fim comercial. Sem pressão de “Wine Spectator”. Sem pressão de nada. Fazer vinho para beber com os amigos e vender aos vizinhos. Plantar vinha para ocupar os terrenos, vender uva para não existir desperdício. O maior orgulho desta gente não é aplicação de uma técnica, nem o aroma conseguido. O maior orgulho desta gente é a partilha. Talvez seja mesmo esse o lado mais genuíno do vinho. Não é técnica, não é o matar a sede, é a partilha. 

Pão, queijo, vinho e amigos. Nem é preciso uma mesa.

 

Esta história pertence ao projeto Retratos do Centro de Portugal. Vão ser construídos 365 retratos, 365 pequenas histórias, sobre toda a grande Região Centro de Portugal. Podem consultar todos os retratos aqui.

 

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