Rio Maior, cidade do desporto.

Bem, tal como 95% dos rapazes da minha geração tive o sonho de ser jogador de futebol. Entretanto, e depois de muitos jogos, uns a sério e a maior parte a brincar, o sonho lá passou. Em criança, adorava ir a campos relvados. Adorava o cheiro da relva, o som da bola, enfim, ficava fascinado com aquilo, talvez por andar quase sempre os joelhos esfolados de jogar num pelado. Hoje, jogo futebol em média uma vez de dois em dois anos, mas o gosto mantém-se. 

Poucos sabem isto, mas estudei em Rio Maior, nas Escola Superior de Desporto. Durante um ano e já a trabalhar. Nada teve a ver com futebol, Licenciatura em Desporto de Natureza e Turismo Activo. Adorei, mas como já estava numa fase diferente da vida, achei melhor não continuar e terminar o curso. Portanto, durante um ano, quase todos os dias caminhei para Rio Maior, para estudar e viver desporto. E na verdade, aquele é um lugar que respira desporto. Tanto como o conhecimento que obtinha nas aulas, adorava a vibração desportiva da cidade. Pessoas a correr, o som de apitos, atletas estrangeiros, enfim muitas coisas sempre a acontecerem. 

Outra das coisas que gostei em Rio Maior, foi um constante regresso aos sonhos de criança e a pequenas coisas que me marcaram. Já sem qualquer intenção de seguir qualquer sonho relacionado com o desporto (já tinha outros), dava por mim, tantas vezes, entre aulas, a assistir pequenas partidas de futebol, neste campo e junto à relva. Não estava lá pela qualidade do jogo ou pelo espetáculo. Estava a ali para sentir o cheiro a relva e ouvir o bater da bola. Tão bom. E Rio Maior sempre, para mim, muito isso. Um sonho de criança.

 

Esta história pertence ao projeto Retratos do Centro de Portugal. Vão ser construídos 365 retratos, 365 pequenas histórias, sobre toda a grande Região Centro de Portugal. Podem consultar todos os retratos aqui.

 

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