Retrato mar. Aquela imagem que aquece a nossa imaginação. 

Em jeito de diário, sobre uma recente viagem mar adentro:

“O vento soprava fraco, dificultando a navegação à vela, e o consequente embalar do barco. Apesar disso, o mar não estava parado, e muitas vezes senti-me como um surfista de ondas grandes, quase sentido a proximidade à Nazaré, navegando de onda em onda. Como devem calcular, mar agitado não é compatível com absoluto bem estar a bordo, isto para um marinheiro de primeiras águas, como eu. A minha barriga deu voltas e mais voltas. Procurei o horizonte, deitei-me, comi, conversei. A indisposição apenas acalmou quando me sentei na proa do veleiro e deixei o mar aproximar-se de mim. É um sentimento estranho. Estava indisposto por causa do mar, mas foi o mar a resolver o problema. Não falei com o mar, nem lhe pedi nada, apenas me aproximei e talvez o tenha compreendido. A vida no mar também é isto, um maior conhecimento da relação entre o nosso corpo e a gigante natureza. Sem dúvida que nesta aventura o respeito e admiração pela natureza também aumentam.”

 

Esta história pertence ao projeto Retratos do Centro de Portugal. Vão ser construídos 365 retratos, 365 pequenas histórias, sobre toda a grande Região Centro de Portugal. Podem consultar todos os retratos aqui.

 

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