Pegrodão, aquele lugar do mar.
Cheguei a Pedrogão com o cheiro da maresia. Era Verão, mas estava frio, aquele frio húmido que entra na pele com a mesma facilidade que aquece a alma. Pedrogão tem caracter do Atlântico. Tem pele rija.
Voltei a Pedrogão depois muitos anos de ausência. Em pequeno, visitei este lugar com frequência. Não que a minha memória me indique tal coisa, mas as fotos dos álbuns antigos, que se transformam em memórias, ajudaram-me a marcar este lugar no meu mapa. Em muitas das fotos, apareço feliz da vida, na praia com um barquinho muito parecido com o da foto (claro, com uma escala diferente). Talvez por isso, a escolha do retrato representativo de Pedrogão tenha sido este. O Pedrogão das minhas foto-memórias.
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Esta história pertence ao projeto Retratos do Centro de Portugal. Vão ser construídos 365 retratos, 365 pequenas histórias, sobre toda a grande Região Centro de Portugal. Podem consultar todos os retratos aqui.