O sol cai, o dia está no seu final. O vento sopra ligeira, apenas a dizer que existe. O movimento da aldeia é suave, uma voz aqui e outra acolá. Tinha acabado de chegar a Marialva.

A minha relação empática com Marialva perde-se no tempo. Foi das primeiras aldeias com o compromisso histórico que descobri. É, sem dúvida, uma daqueles onde melhore me sinto. Fica numa colina, rodeada por campos de escassez agrícola. Campos de pedra, que dão vigor ao território. Na aldeia, as ruas são estreitas e todas vão dar ao castelo, elemento monumental e ponto mais alto.

Nesta visita, vindo de sul, cheguei tarde, mas na hora mais bonita. Subi uma rua, contornei outra e estava no castelo. A olhar para o horizonte, com aquele frio do interior a entrar nos pulmões, suspirei com a certeza de estar num lugar extraordinário.

 

Esta história pertence ao projeto Retratos do Centro de Portugal. Vão ser construídos 365 retratos, 365 pequenas histórias, sobre toda a grande Região Centro de Portugal. Podem consultar todos os retratos aqui.

 

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