Figueira da Foz. Praia altiva da região Centro de Portugal. Diz-se que já foi a “rainha das praias portuguesas” e percebe-se o porquê. Uma relação, talvez única, entre a cidade e a vanguarda, e o mar e o tradicional. Não me parece comum, mas funciona bem na Figueira.

A minha história com a Figueira começou bem cedo. Não me recordo da minha primeira visita, mas recordo-me de vasculhar as minhas fotos de bebé, onde a minha pessoa lá aparece no retrato do clássico. Aquele cenário vintage e cool dos anos 80, misturado com as cores do filme saído da máquina fotográfica Topcom do meu Pai (hoje em exposição no Meu Escritório), assentava como uma luva na Figueira. Sempre a vi como aquela praia tradicional com um toque de glamour. Talvez pelo casino. Talvez pela imponência do urbanismo. Talvez pelas histórias que sempre fui ouvindo sobre a Figueira. Não era uma praia só para apanhar Sol e mergulhar, era uma praia onde se podia viver. 

Mais tarde, a Figueira voltou a fazer parte da história. Vivi uma parte engraçada da minha vida em Coimbra. A Figueira dista cerca de 50km de Coimbra. A Figueira tornou-se a minha praia da Primavera/Outono e de alguns devaneios da juventude. Este efeito magnético para o mar, que existe mas não se explica. Não só ficou a fazer parte da minha história, como passei a quase adorar a Figueira. Não era a minha praia favorita, não é era a minha cidade favorita, não era nada favorito. Mas era muito especial em quase todos os pontos. Sempre me senti bem por lá.

Recentemente, visitei a Figueira por mar, sem colocar os pés em terra. A questão da perspectiva apenas enalteceu o sentimento já solidificado. Como é especial a Figueira.

 

Esta história pertence ao projeto Retratos do Centro de Portugal. Vão ser construídos 365 retratos, 365 pequenas histórias, sobre toda a grande Região Centro de Portugal. Podem consultar todos os retratos aqui.

 

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