Farol da Nazaré. Figura mítica da vila do surf.

Tenho fascínio por montanhas. Também tenho pelo mar. Tenho fascínio por pastores e pela sua vida nómada. Também tenho fascínio por faroleiros. Talvez pela nostalgia da solidão e do silêncio, e por aquela linha gigante do horizonte que cruza com o bater da luz do farol no mar. Talvez por isso, cada vez que me cruzo com um farol, existe sempre uma parte de mim que se arrepia. Muitas vezes penso: “gostaria de ser faroleiro, uma semana”. Mais que isso, se calhar, era exagero.

O Farol da Nazaré está construído dentro do Forte de São Miguel Arcanjo e tem pouco mais de 100 anos de vida. Apenas foi construído depois do forte ser desativado e por estar num local, claramente, privilegiado. Hoje em dia, o Forte e o Farol, são, sobretudo, uma espécie de balcão para observação de ondas gigantes. Sendo, seguramente, o farol com mais visitas, nas suas imediações, do país. Assim, perde a nostalgia da solidão, mas não deixa de ser um farol e não deixa de me fazer sonhar.

 

Esta história pertence ao projeto Retratos do Centro de Portugal. Vão ser construídos 365 retratos, 365 pequenas histórias, sobre toda a grande Região Centro de Portugal. Podem consultar todos os retratos aqui.

 

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