Adoro de coração a Costa Vicentina. Adoro as paisagens, a comida, as pessoas. Adoro entrar na Costa Vicentina (de Norte para Sul). Confesso que prefiro entrar a pé ou de bicicleta, mas mesmo de carro me provoca aquele frio na barriga. Começar por fazer a estrada entre São Torpes e Porto Covo, é algo de extraordinário. Sempre junto ao mar, com todas aquelas praias de filme. Aliás esta estrada, muito mais do que percorrer alcatrão, é quase uma sala de cinema (cuidado com as curvas 😉 ). 

Descobrir novas (e belas) praias deveria ser considerado como desporto local por aqui. Cada uma mais bela que a outra, uma verdadeira constante ao longo de toda a costa.

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»PARA FAZER


Rota Vicentina – Arrisco a dizer que é umas das rotas mais bonitas do Mundo. Pode ser feito pelo interior ou junto à costa. Pode ser feito de bicicleta ou a pé. O Caminho Histórico tem cerca de 200km, mas para quem quiser fazer apenas um pouco da Rota (depois deste “pouco” vai querer fazer tudo 😉 ), aconselho irem até ao Cabo Sardão (com uma vista incrível) e seguir a Rota Vicentina até ao Porto das Barcas. São cerca de 5km e vale cada segundo, dos troços mais bonitos que já fiz. Depois o Porto da Barcas também é muito bonito e dá sempre uma belas fotos.

Praias – Tema inevitável. São imensas. E existem tantas e tão bonitas que torna difícil a tarefa de recomendar: Praia do Tonel, entre o Cabo Sardão e o Porto das Barcas, Praia da Samoqueira, logo a seguir a Porto Covo, Praia da Amália, perto de Brejão e a Praia da Arrifana, perto de Aljezur, são as minhas favoritas, mas existem mais 50 muito boas (bonitas).

Comer – Eu sei que mais abaixo, já recomendo 6 restaurantes, mas tenho de associar a Costa Vicentina a boa comida. Peixe, marisco e até carne (vão encontrar várias criações de gado ao longo da costa) em qualidade gigante. 

Surf – Não sou um especialista enorme (apenas luto para me manter em pé em cima da prancha), mas considero a Costa Vicentina uma espécie de “paradise” para os surfistas. Acho que dá para todos, para os mais experientes (mais junto a Sagres) e para os iniciados (ou para quem nunca surfou) (junto a São Torpes). E depois a paisagem, a partir do mar, é absolutamente incrível.

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»PARA COMER


Costa Alentejana – Mesmo no centro de Zambujeira do Mar. Vale a visita (vão cedo ou vão tarde, que não dá para reservar). Marisco, carne, peixe, tudo do melhor e bem confeccionado. O espaço apesar de pequeno é bastante acolhedor e no Verão a esplanada é recomendada, tanto para jantar (ou almoçar) como para um lanche “amariscado” (comer marisco 😉 ). As pessoas também são muito simpáticas.

A Barca Tranquitanas – Junto ao belíssimo Porto da Barcas. Peixe e marisco no seu máximo esplendor. Perceves e bruxas (uma lagosta mini) são a minha máxima recomendação. É quase igual a comer mar, maravilhoso. 

Tasca do Celso – Bem no centro de Milfontes. É quase uma instituição. Difícil não passar por lá, para quem anda por estas bandas. Tudo bom (reservar é imprescindível).

Ritual – Quase ao lado da Tasca do Celso (não é bem, mas é perto 😉 ). Um conceito, e uma cozinha, mais contemporâneo que as opções anteriores, mas com a qualidade, igualmente, a bater lá no topo. Gosto muito.

L-Colesterol – Podia ser “só” um bom restaurante de praia (colado à Praia da Carrapateira) , mas leva a coisa mais além. Todos os elementos que vêm para a mesa são tratados com o máximo cuidado, começando pelos vegetais, cultivados nas traseiras do restaurante (super nice!) , até ao peixe e marisco, que parece que sairam do mar naquele mesmo momento.

Restaurante A Azenha do Mar – Fica em Azenha do Mar, bem próximo de Brejão e da famosa Praia da Amália. Afamado restaurante da região (vão cedo, que a fila por certo que será longa. Não aceita reservas). Especialista em marisco, que cumpre um principio muito bom, é bom e barato!!

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»PARA DORMIR


Monte do Zambujeiro – Localizado na Herdade do Zambujeiro, cerca de 2km a Sul de Vila Nova de Milfontes. Alberga nos seus traços e no seu coração, uma serie de pontos interessantes: fica quase colocado à praia (Praia da Furnas); fica quase colocado à clássica Vila Nova de Milfontes; tem o traço do típico de um qualquer monte do interior do Alentejo (bom!). Depois, e não menos importante, recebem com simpatia, como receber alguém em sua casa, bem característica da “rapaziada” alentejana. Mónica McGill (a anfitriã) uma vénia, por tudo isto.

Casa do Adro – Bem no centro de Vila Nova de Milfontes (junto ao adro da igreja). Estive lá no Verão de 2015. Fui maravilhosamente recebido pela D. Idália e sua família. Senti-me em casa. Apesar de a Casa do Adro ser o seu negócio, nada parece artificial, tudo parece real (como uma casa de família). Posso dizer que ficar na Casa do Adro é muito mais do que, simplesmente, dormir num alojamento dedicado ao turismo. É uma experiência digna de ser vivida. Não tem SPA, mas é um alojamento 5 estrelas.

Sete Quintas – Fica em Brejão. Além de quartos e camas, quando lá estive, encontrei cerca de 30 cavalos, tratados com reis (sem ser expert em cavalos, consegui perceber que ali são felizes). A cara das Sete Quintas é a Sandra. É destes encontros casuais que se fazem grandes viagens (e grandes alojamentos), mais do que locais para tirar fotos lindíssimas, são as pessoas que nos enriquecem com a partilha das suas históricas e nos fazem sentir, nem seja por algumas horas, em casa. A Sandra não me recebeu como um simples hóspede, recebeu-me como um primo que já não via há algum tempo (e ainda me emprestou a sua carrinha para ir jantar! 🙂 Verdade! O restaurante mais próximo ficava longe). 

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