Os dias correm depressa, o frio fica à porta de casa, o Natal aproxima-se e os sentimentos ficam assim, mais à flor da pele. Este espírito invernal e natalício deixa-me assim, nostálgico. As viagens e saídas ficam na pausa, porque, para mim, nada é mais importante que família. E quando falo em família, não falo só das minhas meninas, Alice e Liliana, falo de todos aqueles que me são queridos. Adoro jantares de natal, mercados de natal, adoro fazer a árvore de natal, adoro aquele sentimento difícil de adjectivar, mas que o sinónimo mais próximo é…casa. Sim, essa palavra mágica, tantas vezes menosprezada. Sinto-me feliz e não sinto um desejo maior de estar em outro lugar do que na minha Abrantes.

Mas ao mesmo tempo, sinto muita vontade de viajar. De viver aventuras, de conhecer novos lugares, de plantar novas memórias e ter novas histórias para contar. Acho que as mentes inquietas são assim, o conforto nunca é total. O assentar e rotina, não são palavras bem aceites.

Mas ao mesmo tempo, só de pensar em viajar, já sinto saudades de casa. Esta coisa de ser uma pessoa não é fácil. Numa conversa recente com um amigo, falávamos sobre o que tinha mais poder neste mundo. A conclusão dele foi o dinheiro. A minha foi o amor. Para mim, tudo gira de uma forma mais poderosa à volta das nossas sensações. E esta coisa da saudade é bem poderosa.

As viagens provocam saudade. É difícil estar longe dos nossos. É difícil estar muito tempo sem viajar. Mas no final, e voltando ao amor, sentir saudades até pode ser uma coisa boa. É sinal que se gosta. E que, neste caso, temos algo de muito bom à nossa espera. Seja um beijinho da nossa filha lindíssima, ou uma aventura num endereço desconhecido. 

Feliz Natal!

 

Esta história pertence ao projeto Retratos do Centro de Portugal. Vão ser construídos 365 retratos, 365 pequenas histórias, sobre toda a grande Região Centro de Portugal. Podem consultar todos os retratos aqui.

 

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