O sino toca, a neblina agarra o seu espaço, uma chuva ligeira e uma paisagem que se sente. Tinha acabado de chegar à Covilhã, a cidade da serra.

A Covilhã e a Serra da Estrela jogam na mesma equipa. Uma na defesa e outra no ataque. Tão diferentes, mas com tanto em comum. Covilhã é uma jovem carismática. A Serra da Estrela é a imponente voz de um Deus. Mas,  acontece por aqui uma simbiose que roça uma dose generosa de perfeição. Covilhã é uma espécie de portal da Serra. Uma entrada graciosa para um universo paralelo. A cidade serrana e cosmopolita.

Gosto da Covilhã, como algo sem grande explicação. Talvez possa definir como afetividade natural. Gosto das ruas, da arte, das pessoas e das suas formas. Gosto da forma como ganha altitude. Também gosto dos seus dias cinzentos. Talvez até mais dos seus dias luminosos. Talvez seja este o meu retrato da Covilhã. Uma melancólica cidade serrana.

Esta história pertence ao projeto Retratos do Centro de Portugal. Vão ser construídos 365 retratos, 365 pequenas histórias, sobre toda a grande Região Centro de Portugal. Podem consultar todos os retratos aqui.

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