Casa Agrícola Nicolau. Casa de vinhos da região Oeste.

Muitas vezes gosto de ser invisível. Chegar e observar rotinas, sem ninguém dar mim. Não influenciar atitudes. Observar as pessoas a serem elas. Foi isso que fiz, em tempo de vindima, na Casa Nicolau.

Cheguei ao inicio da tarde à aldeia de Adão Lobo. Parei o carro antes da placa que indicava o inicio da aldeia, encostei-me ao carro e deixei-me ficar. O primeiro edifício da aldeia é a Casa Nicolau, rodeada pelas suas vinhas. No interior e nos arredores da Casa Nicolau vivia-se a azafama do tempo de vindima. Pessoas, como formigas, não paravam. Uva a chegar à adega, cestos a entrar e a sair. Tudo tão simples, tudo tão intenso. Acredito que a vindima é uma espécie de contra-relógio. Tudo acontece naquele momento e com pouco espaço para falhas. Ainda pensei em ir falar com as pessoas da Casa Nicolau, mas depois resolvi não o fazer. Deixei-me ficar a observar e admirar o trabalho desta gente. Imaginando-lhes nomes e cargos. Considerando-os, todos, com família.

 

Esta história pertence ao projeto Retratos do Centro de Portugal. Vão ser construídos 365 retratos, 365 pequenas histórias, sobre toda a grande Região Centro de Portugal. Podem consultar todos os retratos aqui.

 

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