A minha primeira recordação sobre Castelo Branco perde-se no meu tempo. Foi precoce, improvável e intensa. De tal maneira intensa que, ainda hoje ao me cruzar com Castelo Branco, a recordo com o misticismo e ingenuidade de uma criança. Vivi a minha infância em Rossio ao Sul do Tejo, freguesia do concelho de Abrantes. Num dos principais cruzamentos da minha terra, existia uma placa, virada a Este, que dizia: “Castelo Branco – 104”. 104 eram os quilómetros que separavam os dois pontos, a minha terra e Castelo Branco. Sim, ainda me recordo do número. Tantas e tantas vezes me cruzei com aquela placa, quase tantas com aquelas que imaginei um castelo branco. Sim, durante alguns anos imaginei que algures existia um castelo branco, não só de nome, mas de cor branca. Acredito que nunca tenha partilhado este acontecimento fértil da minha imaginação, talvez esta viagem de fantasia tivesse terminado mais cedo do que terminou. É tão bom ter lugares fantásticos.

 

Esta história pertence ao projeto Retratos do Centro de Portugal. Vão ser construídos 365 retratos, 365 pequenas histórias, sobre toda a grande Região Centro de Portugal. Podem consultar todos os retratos aqui.

 

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