Berlengas. Se eu vos disser que considero as Berlengas como um dos maiores tesouros do meu Portugal, vocês acreditam? Podem acreditar que é verdade. Um lugar inacreditável.

As Berlengas são um arquipélago, composto por três ilhas, localizadas a cerca de 7 milhas de Peniche. 7 milhas é qualquer coisa como 30 minutos de barco. Berlenga Grande, Estelas e Farilhões-Forcadas, são as ilhas. Berlenga Grande é a ilha maior, mais conhecida e aquela que enche as medidas de muitos exploradores, como eu. É a única que conheço, portanto, quando me refiro às Berlengas, é maioritariamente a Berlenga Grande que leva o foco.

Um mar imenso, uma baía bem arrumadinha, de água cristalina e com um praia, meia dúzia de casas, um farol e um forte. Muito resumido, a Berlenga é isto. Mas quando se visita, cada cantinho, facilmente, pode virar um poema. Daqueles lugares que cumprem os princípios de paraíso. Tive a sorte de visitar as Berlengas num dia calmo, tinha a ilha praticamente só para mim. Cheguei já o dia caminhava para o seu final e assim que pisei a terra da ilha não parei. Queria ver tudo, viver tudo. Cada imagem, cada pormenor. A subida até ao farol é icônica, com uma paisagem digna de um qualquer filme com muito bom gosto. Não ouvia um barulho, com excepção do vento e das gaivotas. Não acredito em banda sonora melhor, neste relação causa/efeito. A minha cabeça estava um frenesim de boas sensações, não parava, enquanto o corpo já se deixava levar pela tranquilidade do local. Sentei-me numa rocha, um pouco à frente do farol. Pouco depois, a luz do farol acendeu, como sinal para iniciar a minha despedida. Mais uma, assim como um filme, onde a paisagem é o melhor diálogo.

Um lugar inacreditável.

 

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