Sou um bocado suspeito para falar, mas esta coisa das viagens de bicicleta já deixou de ser uma moda, está-se a tornar um hábito entre muitos.

As viagens de bicicleta podem-se classificar entre diferentes tipos ou melhor, entre diferentes perfis de ciclistas (disfarçados de turistas). Hoje vou falar do cicloturismo. Onde andar de bicicleta é “apenas” (apenas salvo seja) um modo de deslocar entre o ponto A e o ponto B, sem médias, sem ligar performances e sem quilômetros em demasia, que os possam impedir de viver o local quase sem tempo de chegar. Normalmente este tipo  de viajantes revêem-se mais numa viagem de cariz cultural e de descoberta, do que propriamente de cariz desportivo.

Portugal, para este tipo de viagens (ou de viajantes) quase que roça a perfeição. Tem tanto de pequeno como de diverso. E na parte do diverso, faz com que em poucos quilômetros de distância, seja possível passar de uma paisagem de mar para serra, passar entre regiões com culturas, gastronomia, e até dialetos, completamente diferentes. Sinceramente, se acho isto muito interessante e sou, como diz o outro, português de Portugal, imagem para um Alemão, Americano ou Finlandês.

Entre muitas e diferentes hipóteses, arrisco em 5, cometendo o pecado de deixar de fora as nossas pérolas do Atlântico (aka Açores e Madeira). Volto a repetir, viagens de bicicleta em modo cicloturismo, para bicicleta híbrida (excluindo BTTs e bicicletas de estrada) e por estradas de asfalto com pouco trânsito (as estradas de acesso a campos agrícolas é o ideal) ou ciclovias/ecopistas.

#COSTA ATLÂNTICA (Porto-Lisboa)

Um dos nossos produtos mais fáceis de vender (para a malta de fora). Cerca de 300km entre as principais cidades do país, por uma ecopista (portanto, sem carros a chatear) e onde em 90% do total dos quilômetros (sim, dos 300kms) estamos a ver o mar. Fácil, não!? Passa então por Porto, Aveiro, Figueira da Foz, Nazaré, Peniche, Sintra/Cascais e Lisboa, entre outros pontos interessantes. Fácil, não!? 😉

Farol e Mar

#ALTO ALENTEJO

Um dos produtos mais vendidos pelas agências estrangeiras a operar em Portugal. Estradas belíssimas para a prática do cicloturismo, com pouca dificuldade, uma cultura bastante particular, comida e bebida (vinho!!) do melhor que existe no Mundo e pessoas que fazem qualquer pessoa (incluíndo um finlandês) sentir-se em casa. Um dos meus favoritos (de todos os tempos)!

Alentejo...

#COSTA VICENTINA

Uma espécie de paradise. Podemos juntar o mar e excluir o vinho, e substituir açordas e borregos, por percebes e peixe do mais fresco que existe (isto na parte da comida). Fazer o percurso entre São Torpes e Sagres é um “must do” para qualquer cicloturista.

BORDEIRA DREAM

#ESTRADA NACIONAL 2

A nossa Route 66. Peca pelo trânsito, mas compensa no misticismo. Atravessa Portugal de Norte a Sul, de Chaves a Faro. Quem fizer isto, para além de um recordação para a vida, leva uma boa amostra do que escrevi em cima, um Portugal pequeno e diverso. Trás-os-Montes, Douro, Beira Interior, Ribatejo, Alentejo e Algarve, uma mão cheia de rios, várias regiões de vinhos, comidas diversas (mas todas muito boas) e paisagens a mudar à velocidade do vento. 

Adro da Sé, Viseu

#RIBATEJO

O elemento surpresa. Pouco ou nada conhecido nestas andanças, mas com um potencial imenso. À semelhança do Alentejo é uma região com raízes culturais bem vincadas e tal com o Alentejo tem “estradas do campo” (estreitas e com pouco trânsito) para dar e vender. Estradas junto ao rio Tejo, junto a vinhas, junto a campos de cultivo de perder de vista (lezíria no seu melhor), campos de touros e cavalos, e terra de imensos castelos e cheia de histórias por contar. A conhecer/explorar!

Almourol



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